11 de out. de 2016

DANIEL COELHO E A PEC 241





Observem a imagem. Os dois gráficos mostram as contas brasileiras com e sem a aprovação da PEC 241. A linha vermelha mostra as despesas e a azul mostra as receitas. A PEC faz um ajuste de longo prazo, trazendo equilíbrio apenas em 2024. Ou seja, implementada agora, ainda levará oito anos para que o país consiga o reequilíbrio de suas contas. Sem ela, o país continuará gastando mais do que arrecada e inevitavelmente irá quebrar e produzir hiperinflação.

Temos recebido muitos questionamentos a respeito da PEC 241 – ou PEC do Teto de Gastos, como vem sendo chamada. Achamos importante fazer um esclarecimento no que diz respeito à nossa posição, sobre o porquê de sermos favoráveis à proposta de emenda à Constituição e porque ela é fundamental para o momento em que o país vive.

Algumas mentiras têm sido ditas sobre a PEC 241 e precisam ser combatidas. Primeira mentira: dizem que a PEC acabará com a obrigação do investimento em educação e saúde. Mentira grande, pois os pisos de investimento constitucionais continuam inalterados. A PEC não só obriga os governos a manterem o investimento, mas garante que haverá correção nos valores, anualmente, não apenas na educação, como também na saúde. Ou seja: o governo será obrigado a cortar comissionados, enxugar a máquina, para atender à exigência da PEC – o que é positivo. 

Além disso: apenas com o equilíbrio das contas o estado poderá garantir recursos para educação e saúde. Sem a PEC, com hiperinflação, o poder de compra de nossa moeda irá cair, trazendo o caos para a prestação de serviços nessas aéreas. 

Segunda mentira: a PEC privilegia o sistema financeiro. Mais uma vez, falso. A hiperinflação, esta sim, privilegia o sistema financeiro. O controle de gastos privilegia o setor produtivo, os que geram empregos e os trabalhadores que, sem inflação, têm seu poder compra garantido. 

Terceira mentira: a PEC fragiliza o Judiciário e a Procuradoria Geral da República. Essa afirmação é corporativista, não olha o país como um todo. Os poderes Executivo e Legislativo têm muitas gorduras e mordomias e precisam se adequar, cortando gastos de cargos comissionados e vantagens para se adequarem à realidade do país. O Judiciário e a PGR também têm mordomias em demasia, diárias, auxílios, etc., que precisam ser cortados também. Assim, todos podem se adequar às receitas sem perder eficiência. 

A conta só não pode continuar nas costas do contribuinte. Essa não é hora de fazermos demagogia ou agirmos com populismo. Os parlamentares que participaram da demagogia fiscal que levou o país à quebradeira atual, tentam iludir a população na lógica do quanto pior melhor. 

Com a consciência tranquila, votarei a favor da PEC, sabendo que ganhos políticos ou eleitorais é o que menos importa neste momento. Isto não significa ser a favor ou contra um governo, e sim estar ou não ao lado do país. Essa é a hora de pensarmos no Brasil. Nenhuma nação pode continuar a gastando mais do que arrecada de forma contínua. O parlamentar que luta por isso demostra estar mais preocupado em fazer proselitismo do que com o povo e o seu país.

Daniel Coelho






Nenhum comentário:

Postar um comentário